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Pré-eclâmpsia: novo teste diagnóstico poderá detectá-la mais cedo

on : 8 de agosto de 2017 comments : (Comentários desativados em Pré-eclâmpsia: novo teste diagnóstico poderá detectá-la mais cedo)

Pesquisadores desenvolveram um método que poderia ajudar a diagnosticar rapidamente a pré-eclâmpsia em gestantes. As descobertas, que serão publicadas na próxima edição do Jornal da Sociedade Americana de Nefrologia (JASN).

A pré-eclâmpsia é um distúrbio específico da gravidez que se caracteriza por elevação da pressão arterial e proteinúria, e pode causar  dano renal em muitas mulheres afetadas. A única terapêutica atualmente disponível é a normalização dos níveis de pressão arterial e a realização do parto, mas alguns bebês nascem prematuramente. Estratégias de tratamento mais eficazes dependerão de métodos que diagnostiquem as mulheres com pré-eclâmpsia precocemente, e uma melhor compreensão dos mecanismos subjacentes da pré-eclâmpsia.

Estudos recentes indicam que a pré-eclâmpsia está ligada à presença anormal na urina de células renais conhecidas como podócitos; no entanto, os testes disponíveis que podem identificar os podócitos são caros e demorados. Em um estudo com 84 mulheres grávidas (42 com pré-eclâmpsia e 42 com pressão arterial normal), Vesna Garovic da Mayo Clinic, Rochester, MN e colegas descobriram que um método desenvolvido por eles poderia rapidamente detectar fragmentos de podócitos na urina de mulheres com pré-eclâmpsia. Eles também descobriram que a hemoglobina fetal (a principal proteína de transporte de oxigênio no feto humano), que está normalmente presente no sangue das mulheres grávidas em pequenas quantidades, está presente em maiores quantidades no sangue dessas mulheres.

“Esta quantidade aumentada de hemoglobina fetal na pré-eclâmpsia pode estar causando a liberação de fragmentos de podócitos na urina”, disse Garovic. “Esperamos que esta informação resulte em melhores procedimentos de diagnóstico em mulheres com pré-eclâmpsia, no entanto, estudos adicionais com grupos maiores de mulheres serão necessários.

Dr. Rubens Paulo Goncalves Filho

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