Descrição

Evolução com mais precisão e segurança

O Sistema Cirúrgico Da Vinci, que está em uso no Brasil desde março de 2008, representa a inovação tecnológica mais recente para a realização de cirurgias ginecológicas, sejam elas de cistos de ovário, endometriose, miomas, gravidez ectópica ou histerectomias (retirada do útero). A técnica é conhecida também como videolaparoscopia assistida por robótica, ou cirurgia robótica. Oferecendo mais segurança para pacientes e cirurgiões, o sistema apresenta características únicas, que o tornam a tecnologia de ponta para as cirurgias minimamente invasivas do século XXI. Ainda estamos muito longe, tecnologicamente, de ter um robô com inteligência, capacidade e autonomia suficientes para substituir o ser humano na maioria das tarefas.

No Sistema Cirúrgico Da Vinci, um software especial reduz a amplitude dos movimentos naturais a uma escala de micromovimentos da mão robótica, que ficam muito mais precisos e seguros. Sendo assim, para dar maior sensação de realidade, os atuadores robóticos também têm sensores de contato, que transmitem de volta informações sobre a resistência e a flexibilidade do material orgânico que está sendo manipulado.

O sensor na mão do cirurgião dá então um "feedback" de força, que torna muito mais natural a manipulação dos tecidos, como se ele estivesse usando um sistema puramente mecânico.


Unidade de 4 braços cirúrgicos

Usando o Sistema Cirúrgico Da Vinci para uma cirurgia de endometriose, por exemplo, 4 incisões (de 0,5 cm a 1,0 cm são feitas no abdômen da paciente e permitem a inserção de 4 hastes de aço inoxidável. As hastes são mantidas no local por quatro braços robóticos. Uma das hastes é equipada com uma câmera, ao passo que as outras 3 são equipadas com instrumentos cirúrgicos capazes de dissecar e suturar tecidos. Ao contrário da cirurgia convencional, esses instrumentos não são tocados diretamente pelas mãos do médico.

Há poucos metros da mesa de operação, no console de controle, o cirurgião olha no visor para examinar as imagens em 3D, enviadas pela câmera no interior da paciente. As imagens mostram o local da cirurgia e os 3 instrumentos cirúrgicos instalados nas extremidades das hastes. Controles similares a joysticks localizados logo abaixo da tela são usados pelo cirurgião para manipular os instrumentos cirúrgicos. Cada vez que um dos joysticks é movido, um computador envia um sinal eletrônico para um dos instrumentos, que é movimentado em sincronia com os movimentos das mãos do cirurgião.